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Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

  • Política

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou em uma palestra na Fiesp que, no contexto democrático, há duas abordagens para as drogas ilícitas: a repressão e a legalização das drogas leves, uma vez que a guerra contra as drogas fracassou. Ele salientou que a legislação brasileira não prevê prisão para usuários de drogas, mas a distinção entre usuário e traficante continua sendo um desafio.

Barroso abordou também a questão das uniões homoafetivas, argumentando que era necessário definir questões jurídicas sobre herança e direitos sucessórios para casais do mesmo sexo. Ele defendeu que o Supremo decidiu corretamente equiparando essas uniões às uniões estáveis convencionais, garantindo os mesmos direitos.

Sobre o aborto, Barroso enfatizou que a criminalização não é uma boa política pública, pois impede o acesso das mulheres pobres aos serviços de saúde. Ele reconheceu que é um tema ético divisível e que o papel do Estado não é impor uma visão, mas permitir que cada um viva de acordo com suas crenças.

Quanto à inteligência artificial (IA), Barroso expressou preocupação com os riscos, como discriminação e perda de privacidade, mas também reconheceu suas potencialidades para melhorar o mundo em várias áreas, como medicina, reduzindo tarefas repetitivas e de alto risco para os humanos. No entanto, ele alertou para o perigo da IA adquirir consciência própria e superar a capacidade humana de processamento de informações.

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