Uma equipe da Polícia Federal viajou aos Estados Unidos com o objetivo de reunir evidências relacionadas ao caso das joias sauditas e à fraude em cartões de vacina envolvendo o círculo próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O embarque de um delegado e um agente estava pendente da autorização do FBI para o compartilhamento de informações antes de confirmar a viagem.
De acordo com informações obtidas pela CNN, o delegado encarregado dos dois inquéritos na PF foi quem viajou para coletar informações a serem incluídas na investigação.
Além disso, a equipe tem a missão de reunir imagens e documentos que possam contribuir para a conclusão dos inquéritos sobre o caso das joias e sobre a suposta fraude em cartões de vacina.
Está previsto que os agentes visitem quatro cidades americanas: Miami, Orlando, Nova York e Wilson Grove. Também está planejado realizar depoimentos com os comerciantes das lojas onde as joias foram vendidas e recompradas.
A coleta desse material é considerada a etapa final da investigação. A expectativa é de que o inquérito seja concluído em maio. A conclusão pode resultar no indiciamento de Bolsonaro e de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.
Duas semanas atrás, Cid prestou um novo depoimento à Polícia Federal, tratando, segundo investigadores, do inquérito das joias.
A investigação busca determinar se presentes oficiais da Presidência da República foram vendidos no exterior e os valores depositados em contas nos Estados Unidos.
A legislação proíbe a venda de presentes oficiais que não sejam de natureza estritamente pessoal, como alimentos e perfumes.
A investigação da Polícia Federal indica que relógios e esculturas foram negociados nos Estados Unidos.
Mauro Cid chegou a fechar um acordo de delação premiada. Enquanto isso, Bolsonaro nega quaisquer irregularidades no caso.