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Bordadeiras do RN reclamam de sites como Shein e Shopee

  • Brasil

O grupo de bordadeiras que confeccionou os vestidos do casamento e da posse presidencial para primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, reclamou de sites estrangeiros que vendem roupas no País, como a Shein e a Shopee. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive um impasse sobre o projeto de lei que taxa compras internacionais de até US$ 50 e que afeta diretamente as transações feitas nas plataformas on-line com sede no exterior.

No vídeo, as bordadeiras do grupo Timbaúba dos Bordados, que atuam na cidade de Timbaúba dos Batistas, no interior do Rio Grande do Norte, afirmam que se sentem ameaçadas com a falta de tributação nas compras de sites estrangeiros. “É importante corrigir as desigualdades, fortalecer a economia local e garantir uma tributação mais justa”, disse uma das profissionais.

Segundo a bordadeira Alcilene Medeiros da Conceição, as plataformas estão causando um nível de desemprego muito forte no setor. A profissional também enviou um recado para a primeira-dama, destacando a atuação do grupo na confecção das peças utilizadas por ela. “Oi, Janja. Eu sou a Alcilene, sou bordadeira e fiz parte do projeto dos bordados do seu vestido”, disse.

Ao Estadão, Alcilene afirmou que a disparidade entre os produtos vendidos internacionalmente e as peças fabricadas pelo grupo prejudicam o comércio feito em Timbaúba dos Batistas. A bordadeira também disse que o coletivo quer, antes da votação do projeto pela Câmara, um posicionamento de Janja sobre a taxação e a participação em uma audiência pública no Congresso. Procurada, a assessoria da primeira-dama ainda não comentou.

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