O preço do cacau commodity, aquele mais comum, também chamado bulk, que abastece a grande indústria, deu um pinote inédito há pouco mais de um mês. A tonelada, que era negociada a US$ 4.000 até o ano passado, chegou a US$ 12.000 em abril. De lá para cá, o preço segue flutuando, mas muito acima da média histórica.
Dois fatores estão por trás do aumento. Sem investimento em melhoramento genético e técnicas agrícolas, Gana e Costa do Marfim, que respondem por 80% do cacau consumido no mundo, não conseguem se adaptar às mudanças climáticas e suprir a crescente demanda global.
O outro motivo se encontra bem longe das plantações, nas bolsas de Londres e Nova York, onde o preço do cacau é definido e, por décadas, manteve-se estável.