O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), disse na 5ª feira (1º.ago.2024) que 1.200 pessoas foram presas ao participarem de atos contra os resultados da eleição de domingo (28.jul) no país, anunciados pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Ao falar com apoiadores, ele prometeu prender “1.000 mais”.
Segundo o órgão, que está sob o comando chavista, Maduro venceu. A oposição contesta os números e fala em fraude. Desde domingo (28.jul), foram registradas diversas manifestações em toda a Venezuela.
Maduro publicou um vídeo em seu perfil no X (ex-Twitter), em que chama os manifestantes de “criminosos” que “ameaçaram o povo” e “atacaram” hospitais, estações de metrô, postos policiais e casas. O presidente venezuelano escreveu no texto que acompanha o vídeo: “Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”.
Segundo a ONG (organização não governamental) Foro Penal, foram confirmadas 711 detenções, sendo 74 de adolescentes. A falta de clareza na contagem dos votos tem sido criticada tanto pela oposição quanto por observadores internacionais, que exigem transparência no processo eleitoral do país.
O Departamento de Estado norte-americano afirmou na 5ª feira (1º.ago.2024) que Maduro perdeu a eleição no domingo (28.jul). Segundo o órgão, os boletins divulgados pela oposição mostram a vitória de Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita).