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Câmara Municipal de Parnamirim tem despesas de R$24.706.545,05, Janeiro a outubro de 2024

  • Parnamirim

A Câmara Municipal de Parnamirim, durante o período de janeiro a outubro de 2024, revelou um cenário alarmante em relação à gestão das despesas públicas, totalizando R$24.706.545,05. Esse montante exorbitante suscita questionamentos sobre a eficiência e a responsabilidade fiscal dos representantes da população. Dentre as despesas, destacam-se os R$739.365,00 gastos em diárias para participação em cursos fora do estado, além de R$1.087.882,72 em indenizações, muitas vezes relacionadas a serviços de marketing. Esses números colocam em xeque a verdadeira prioridade da casa legislativa: a formação e capacitação dos edis ou a promoção pessoal?

Ao longo de quatro anos de legislatura, a Câmara de Parnamirim acumulou uma série de vitórias e derrotas, sendo considerada a mais dispendiosa da história. Embora tenha conquistado a implantação da TV Câmara, cujo custo mensal ultrapassa R$122.391,50, a população ainda luta para entender sua função, dado que o acesso é restrito a corredores e gabinetes, distantes do cidadão comum. Por outro lado, iniciativas como a emissão de RG e o PROCON se destacam como serviços efetivos, demonstrando que, mesmo em meio a gastos excessivos, há espaço para ações que realmente beneficiam a população.

Entretanto, a falta de transparência nos últimos anos é alarmante. O selo ouro de transparência, conquistado no segundo ano da legislatura, não foi mais obtido em 2023 e 2024, indicando um retrocesso na prestação de contas e na comunicação com os cidadãos. Essa ausência de clareza é um sinal preocupante de que a gestão pode estar se desviando de suas responsabilidades.

Adicionalmente, a Câmara também enfrentou escândalos de corrupção, com três edis sendo presos em operações policiais. O retorno de dois deles ao cargo, mesmo após investigações, levanta questões sobre a ética e a moralidade de quem ocupa posições de poder. O fato de que a população ainda os reeleja é um reflexo de uma desconexão entre eleitores e a política local.

Agora, com as eleições da nova mesa diretora para o biênio 2025-2026, a expectativa popular é de que a prioridade seja dada aos serviços públicos em vez de benefícios pessoais para os edis. Os cidadãos clamam por uma gestão mais responsável, transparente e que realmente busque atender às necessidades da comunidade. O futuro da Câmara depende, portanto, não apenas das novas lideranças, mas da capacidade desses representantes de ouvir e atuar em prol do bem-estar coletivo.

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