A Rainha, o Cordeiro, a Raposa e a Batalha das Cores
Em um certo Reino, uma Rainha Leoa foi aclamada pelo Povo Livre para governar a Grande Selva. Lá, havia a grande Ala de Governo, aonde a Rainha governaria ao lado dos seus fiéis; e o Parlamento, Ala menor, representando o Povo.
O clima era de festa, mas a alegria deu lugar à ansiedade. A Grande Ala do Governo seria administrada pela Rainha. Mas a Ala do Parlamento? Quem assumiria a liderança?
Dois candidatos se apresentaram: O Cordeiro, conhecido pela gentileza e cuidado com as pessoas. E a Raposa, famosa pela sua astúcia e manipulação.
As cores favoritas do Cordeiro eram branco e verde. Branco da paz, harmonia, pureza. E o verde da vida e esperança. A Já a Raposa gostava de usar a mesma cor que a Rainha, para com ela se assemelhar. Contudo, enquanto a Rainha usava laranja, como uma cor entre dois extremos (já que nasce do amarelo e vermelho), o laranja da Raposa muito mais representava o sinal de atenção do semáforo. Usavam a mesma cor, mas se confundiam entre si?
O Cordeiro prometia um reino justo, honesto e próspero. Já a Raposa se apegava à semelhança de cores com a Rainha, e sussurrava promessas vazias, oferecendo favores em nome da Rainha, pela cor que usava. Prometia metade do reino em troca de votos, e semeava a discórdia, acusando o Cordeiro de conspirar contra a Rainha.
O povo, não aceitando o jogo sujo da Raposa, interferiu: “O Reino é do povo! Clamamos à Rainha que nos ouça! O Parlamento deve nos representar…” Foram as palavras da Assembleia, formada por animais sensatos, que levavam à Rainha a voz que ecoava nas províncias. E agora? A Rainha representaria o povo? Ou ela se apegaria apenas ao apoio que a raposa lhe deu outrora, vestindo a mesma cor?
A Rainha sabe que uma escolha errada poderá destruir o próprio trono. E é ela quem decidirá, se usará a essência da honestidade, apoiando o Cordeiro, ou se irá se render aos caprichos da raposa, baseada apenas na cor das suas vestes.