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Acidentes em rodovias federais custaram R$ 249 milhões no Estado

  • Cidades

Os números de acidentes e mortes nas rodovias federais do Rio Grande do Norte ficaram estáveis em 2021. As ocorrências foram de 1.333, em 2020, para 1.334 no ano passado, o que representa um aumento de 0,07%. A mesma lógica aconteceu para o número de óbitos, que cresceram 1%, passando de 100 vidas perdidas no RN em 2020 para 101 em 2021. As colisões geraram R$ 249 milhões em prejuízo para para o poder público no Estado. Os dados fazem parte da coletânea de números reunida no Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte.

O Painel reúne dados de acidentes de 2007 a 2021. A partir da sua base de dados é possível realizar pesquisas interativas e recortes, nacional e por estado, que permitem conhecer a realidade de acidentes nas rodovias federais brasileiras. A estratificação das informações é realizada pela CNT, a partir dos registros da Polícia Rodoviária Federal.
Desde 2015, pegando o recorte do Rio Grande do Norte, é observado nos gráficos da CNT um decréscimo no total de acidentes nas rodovias que cortam o RN. No ano de 2020, por exemplo, foi o menor número de ocorrências registradas no Estado, com 1.333 acidentes – lembrando que a base de dados começou a ser apresentada em 2007.


A explicação para essa série histórica, segundo a CNT, se deve ao período de isolamento social que aconteceu no país quando a Covid-19 começou a infectar a população e, por consequência, houve uma diminuição no tráfego de veículos nas estradas. Em 2021, apesar da retomada da economia e com flexibilização de setores da sociedade, como o comércio e eventos, os números tiveram um pequeno acréscimo de 1.334 ocorrências. Segundo Rubens Ramos, professor da UFRN e especialista em Transportes e Trânsito, isso é por conta de um novo mercado que cresceu na pandemia.


“Os principais números de acidentes são de motos. Então, houve redução de tráfego de carros, mas houve até aumento de tráfego arriscado de motos, com os entregadores. A principal hipótese é que o aumento dos acidentes, relativamente ao decréscimo da mobilidade, se deva ao entregadores, ao delivery”, explicou.
Somente no ano de 2021 foram 101 vidas perdidas. No período acumulado de 2007 a 2021, foram 2.274. As colisões foram o tipo de acidente seguido de morte mais letal no Estado potiguar. Ao todo, 744 colisões aconteceram, 64 pessoas perderam a vida. Seguido do atropelamento, com 21 vítimas. 


Apesar da variação leve, os acidentes de 2021 geraram um custo extra para o poder público, em relação ao período de 2020. O custo anual em 2021 foi de R$ 249,54 milhões. Em 2020, o resultado foi R$ 207,83 milhões. Ou seja, um aumento de 20,06%. Rubens Ramos contextualizou como isso influencia na saúde potiguar.
“Os dados das estatísticas mostram perdas financeiras por custos de internação, indenizações e aposentadorias por invalidez. A superlotação do Walfredo se deve basicamente a acidentes de trânsito com motos. Então, sem os acidentes de motos não teríamos pacientes em macas nos corredores do Walfredo”, exemplificou o professor. 

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