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Aporte financeiro para o carnaval de Pirangi chega a mais de R$800 mil

  • Parnamirim

Na última semana, a prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz, trouxe a público uma denúncia que chamou atenção da população: uma dívida herdada da gestão anterior, no montante de R$ 337 milhões. Contudo, o discurso de austeridade administrativa parece não encontrar respaldo nas recentes ações do executivo municipal.

Só na edição do Diário Oficial desta terça-feira (28), a prefeitura surpreendeu ao anunciar diversos contratos que desafiam o tom de preocupação econômica propagado pela gestora. Entre eles, locações de veículos para a Secretaria de Cultura, contratos com empresas terceirizadas e um aporte financeiro de mais de R$ 800 mil para o Carnaval de Pirangi.

Essas decisões causam estranheza, principalmente porque questões essenciais e urgentes, como o pagamento de estagiários da Educação e a quitação de acordos pendentes com empresas, continuam sem solução prática.

A incongruência entre o discurso e a prática levanta questões cruciais. Enquanto a prefeita denuncia uma situação fiscal “inadmissível” nas redes sociais e mantém uma intensa campanha de autopromoção, problemas estruturais que impactam diretamente a população permanecem à margem.

Por sua vez, o Carnaval de Pirangi, um dos eventos mais tradicionais do município, é visto por muitos como uma vitrine política. A rapidez e eficiência com que a organização do evento está sendo conduzida contrastam com a lentidão em apresentar soluções para os desafios financeiros e administrativos herdados ou causados pela atual gestão.

A população de Parnamirim começa a demonstrar descontentamento. É evidente que qualquer gestão enfrenta desafios complexos ao assumir um município. Entretanto, a incoerência em priorizar despesas e a falta de uma estratégia clara para lidar com problemas a curto, médio e longo prazo, só demonstra até agora que para o carnaval o prazo é curtíssimo.

Enquanto isso, os cidadãos aguardam uma postura mais coerente, que não apenas promova a imagem da gestão nas redes sociais, mas que se traduza em ações concretas e alinhadas às reais necessidades de Parnamirim. Afinal, governar é, acima de tudo, priorizar o bem-estar coletivo.

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