Passado o calor das eleições municipais, é hora de avaliar o desempenho e a presença dos principais líderes partidários, especialmente em contextos onde seus partidos se destacaram. No Rio Grande do Norte, um dos nomes que merece uma análise crítica é o de José Agripino Maia, ex-senador e atual presidente estadual do União Brasil. Curiosamente, apesar de seu cargo, Agripino foi uma ausência notável nas campanhas de rua em cidades-chave, como Natal e Mossoró. E, após a vitória de Paulinho Freire como prefeito de Natal, Agripino apareceu ao lado do novo gestor, como se reivindicasse um papel significativo no triunfo.
A situação coloca o presidente estadual do União Brasil sob o escrutínio de muitos. Em comparação, figuras de destaque no cenário político local — como o prefeito de Natal, Álvaro Dias, os senadores Rogério Marinho e Styvenson Valentim, e os deputados General Girão e Coronel Azevedo — foram presenças constantes nas mobilizações eleitorais. Seus apoios eram explícitos tanto nas ruas quanto nas redes sociais, com pedidos diretos de votos para Freire. Ao contrário, Agripino parecia afastado dos eventos e compromissos políticos locais, aparentemente mais focado em viagens e eventos particulares.
Esse distanciamento, já percebido por aliados e eleitores, levantou uma série de questionamentos sobre o papel que o presidente estadual desempenha no União Brasil. Qual foi a real contribuição de Agripino para a vitória de Freire e outros candidatos do partido? Até que ponto sua ausência e o aparente desinteresse pelas campanhas locais refletem um comprometimento com os rumos do União Brasil no Rio Grande do Norte?
A situação gerou certo descontentamento entre membros do partido, especialmente entre deputados que têm atuação contínua no estado. Segundo fontes, para 2026, os representantes do partido devem pedir esclarecimentos à direção nacional sobre a efetiva liderança de Agripino no RN. Há uma expectativa de que a postura do presidente estadual do União Brasil seja reavaliada, diante do que foi considerado por muitos como uma falta de engajamento e apoio direto. A postura de José Agripino em estar do lado de Paulinho somente após o resultado das urnas em Natal, demonstra claramente a falta de ética política, uma forma de tentar coloca-lo em uma evidencia que não foi vista durante todo pleito, a vitória de Paulinho se dependesse do presidente do partido não teria ido sequer para o segundo turno.