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Bolsonaro ‘some’ das redes e de compromissos públicos após vitória de Lula

  • Política

Sem compromisso oficial. Essa é a frase que mais tem frequentado a agenda do presidente Jair Bolsonaro desde o dia 30 de outubro, quando foi derrotado pelo oponente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o segundo turno, há oito dias úteis, os compromissos do chefe do Executivo somaram seis horas e meia. Nas redes sociais, o presidente também reduziu drasticamente o volume de aparições. Foram apenas duas postagens no Twitter após a derrota nas urnas, ante um histórico de atividade intensa na plataforma. A efeito de comparação, seu perfil teve 33 publicações só no dia 29, véspera do pleito.

A agenda oficial não é mera formalidade. Trata-se de uma informação básica sobre a rotina do presidente da República, encontros previstos e temas prioritários do País. O presidente não foi a público nem mesmo para repercutir o relatório do Ministério da Defesa sobre a fiscalização das urnas eletrônicas, que, como mostrou o Estadão, era visto como sua última ‘cartada’ contra a derrota na eleição.

Nas redes sociais, o antes usuário constante, passou a ser mais comedido após a derrota no segundo turno. Na terça-feira, 8, se limitou a postar uma foto sua, sem fazer comentários. No dia 2 de novembro, publicou um vídeo pedindo a manifestantes que não bloqueassem rodovias.

No Facebook, outra plataforma em que o presidente costumava ser bastante ativo, foram feitas somente três publicações após o segundo turno, sendo que uma delas foi a transmissão de seu pronunciamento reconhecendo a derrota, outra, o vídeo pedindo o fim dos bloqueios nas estradas e, outra, uma foto sem legenda que mostra o presidente segurando uma bandeira do Brasil. Também no Instagram ele publicou uma imagem “enigmática”, sem legenda, segurando a bandeira nacional.

Nas redes sociais, a informação mais corrente é a de que Bolsonaro estaria “recluso”, se esquivando de aparições públicas e demais compromissos. A Presidência não comenta o assunto. Não há, na história da democracia do País, relatos de um presidente que, no cargo, tenha deixado de trabalhar como tal.

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