Diante da tentativa de golpe em andamento na Bolívia, o governo brasileiro começou a discutir internamente — e também com países da América Latina– medidas para se opor à eventual deposição do presidente Luis Arce.
O Brasil já se preparava para retirar o embaixador em La Paz, Luís Henrique Sobreira Lopes, em sinal de rompimento diplomático com a Bolívia, mantendo apenas o apoio consular para cidadãos do Brasil que vivem em solo boliviano.
Essa seria uma das várias medidas conjuntas de países da América Latina para negar o reconhecimento de um eventual novo governo. A ordem, no Itamaraty, era tratá-lo como ilegítimo.
Em poucas horas, o governo brasileiro conversou com a presidente de Honduras, Xiomara Castro, que preside também a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) — uma das principais instâncias políticas da região.
A diplomacia brasileira também está em articulação com a cúpula da Organização dos Estados Americanos (OEA) para uma resposta conjunta.