Depois da crise do uniforme, a do churrasco: atletas brasileiros estão reclamando de falta de carne no refeitório da Vila Olímpica, em que ficam hospedados junto com delegações esportivas do mundo todo que participarão dos Jogos de Paris.
A ingestão de proteína é considerada fundamental na época das competições.
Há pratos com carne sendo oferecidos, mas, segundo relatos dos esportistas, eles terminam rapidamente porque são servidos em pequena quantidade. E há uma demora excessiva na reposição, fazendo com que muitos desistam de esperar.
Atletas brasileiros já se queixaram diretamente com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A instituição não responde pela Vila Olímpica, que fica sob a responsabilidade do Comitê Organizador de Paris. Mas pode interferir para tentar resolver a questão.
Enquanto a solução não chega, a alternativa, para muitos dos esportistas, foi almoçar no Château de Saint-Ouen, um castelo vizinho à Vila Olímpica onde o COB montou uma estrutura de apoio à delegação brasileira.
Surgiu, então, um segundo problema: o catering contratado previa que seriam servidos até 6 mil pratos no período das Olimpíadas. O aumento da demanda, no entanto, está obrigando a empresa contratada a aumentar a quantidade de comida oferecida.
Os brasileiros relataram que delegações de outros países também estariam se queixando.
Questionado, o COB confirmou o problema, e enviou uma nota à coluna. “Assim como outros Comitês Nacionais, o COB reportou a questão da restrição de proteína no refeitório da Vila e solicitou ajustes durante a reunião diária entre os Chefes de Missões e o Comitê Organizador Paris 2024”, diz o texto.
“Enquanto aguarda resposta, o COB reforçou a operação de alimentação e a oferta de proteína para os atletas brasileiros no refeitório montado na base do Time Brasil em Saint-Ouen-sur-Seine, próxima à Vila. Temos observado, com isso, a grande procura das equipes nacionais aos serviços oferecidos em Saint-Ouen”, finaliza.