O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, que disputou a eleição para senador ano passado, foi a ausência sentida na posse do secretariado, no Centro de Convenções de Ponta Negra. O seu partido, PDT, não foi contemplado com nenhum cargo, tendo Raimundo Alves afirmado que o PDT “não exigiu cargos no primeiro escalão”. Apesar da afirmação Chefe de Gabinete, o fato de não ter dado nenhuma secretaria ao partido aliado causa insatisfação na cúpula pedetista.
“Mesmo com as nomeações no primeiro escalão, a governadora pode substituir depois”, espera o parlamentar, apontando que os aliados também estão de olho em cargos do chamado segundo escalão.
O chefe do Gabinete Civil do Estado, Raimundo Alves Júnior, admite que também há dificuldade de acomodação política com relação aos primeiros suplentes de deputados da base aliada, vez que não é atrativo para um deputado eleito se licenciar do mandato para assumir uma pasta com uma remuneração pela metade do subsídio de um parlamentar.
Depois de enaltecer o fato de que dobrou de quatro para oito o número de mulheres no secretariado, sendo que duas delas são as que possuem maior orçamento no governo, a própria governadora Fátima Bezerra confirmou que o próximo passo será a escolha dos auxiliares de primeiro escalão, garantindo que 50% dos cargos será ocupado por mulheres.
“Nosso secretariado sempre teve perfil técnico e sensibilidade social, traços que se mantém na equipe que empossamos hoje, de quem vou exigir ainda mais dedicação e compromisso na tarefa de servir ao povo do Rio Grande do Norte”, declarou a governadora.
Já o deputado federal Rafael Motta (PSB), que também disputou a senatória em 2022 e deixa a Câmara Federal em fevereiro, confirmou que não conversou ainda sobre participação no governo: “AS gente já participa do governo há muito tempo, vejo que o PSB está muito bem contemplado, não vejo nenhum tipo de exigência a mais”, disse ele, com relação a indicação partidária para a direção do Detran.