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Centro recruta voluntários para estudo de medicação

  • Saúde

O Centro de Pesquisas clínicas de Natal (Cepclin) está recrutando voluntários para testar um novo medicamento no combate à forma grave da covid-19. Trata-se da “bemnifosbuvir”, uma droga inibidora de protease, que está sendo testada em idosos ou adultos em grupos de alto risco com diagnóstico positivo da doença, independentemente de vacinação. Ainda não há data para divulgação dos resultados e conclusão dos ensaios, mas os estudos devem se estender por, pelo menos, um ano. De acordo com o médico infectologista, Kleber Giovanni Luz, que participa do estudo em Natal, o objetivo é ampliar o combate à covid diante do possível surgimento de novas variáveis.

Luz destaca que embora já exista medicamento para tratar a forma grave da doença, ainda não há nenhum tipo de remédio para impedir o agravamento da covid. “Se uma pessoa de 80 anos tem covid, não existe um remédio para evitar dele ficar grave. A medicina, basicamente, só tem remédio para quando ele já está grave”, explica o infectologista. O médico acrescenta que a pesquisa também se faz necessária pelo fato de que o remédio já usado nas formas graves não pode ser administrado em todos os casos.

“Tem esse remédio do SUS que está disponível, mas que tem muita interação medicamentosa. Os idosos geralmente usam outros medicamentos e não podem tomar esse remédio. É por isso que as empresas continuam investigando novas drogas que funcionem para tratar pessoas que tenham covid e risco de ficar grave”, diz. Ele reforça que o estudo não significa que as vacinas são ineficazes ou não foram essenciais para o controle da doença. “Tomando a vacina ou não, as pessoas podem adoecer. As vacinas foram muito importantes, todo mundo tem que se vacinar, mas tem as cepas que escapam à ação da vacina”, pontua.

Para participar do estudo, o voluntário deve ficar atento aos critérios de inclusão. “São três grupos. O voluntário pode estar dentro de um dos grupos e dentro do grupo, o voluntário pode ter apenas uma doença, não precisa ter todas”, diz a coordenadora de pesquisa do Cepclin, Sibele Ferreira. Até o momento, o Centro do Rio Grande do Norte conseguiu recrutar quatro pessoas, número razoável, considerando todas as especificidades. “Isso é muito difícil, por isso precisamos da contribuição da população. Para se ter uma ideia, o último voluntário que entrou tinha 97 anos”, aponta.

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