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Crise ou prioridade? A polêmica administrativa de Parnamirim

  • Parnamirim

Enquanto a prefeita de Parnamirim, professora Nilda, afirma ter recebido os cofres públicos vazios e uma dívida superior a R$ 150 milhões, a gestão já projeta o maior Carnaval da história da cidade. A contradição tem gerado críticas e levantado questões sobre as reais prioridades do governo.

De um lado, terceirizados aguardam pagamentos atrasados, com a promessa de quitação até esta terça-feira, dia 21. Do outro, recursos parecem ser mobilizados para um evento que, embora tradicional, demanda altos investimentos. A disparidade entre os discursos sobre contenção de despesas e os anúncios festivos não passa despercebida. Foram comprados alguns medicamentos e insumos o que por sua vez foi publicizado a compra e a entrega, entretanto, já se reclama a falta.

Outro ponto de tensão é a reforma da Praça São Sebastião, em Pirangi. Até o momento, nenhuma publicação oficial sobre licitação foi registrada no Diário Oficial do município, como determina a legislação. A ausência de transparência nesse processo preocupa, pois qualquer irregularidade pode acarretar problemas futuros para a administração. Nesta mesma praça será realizado o encerramento da festa do padroeiro do bairro, um show com a participação de dois cantores que também não houve nenhuma prestação de contas no diário oficial.

Além disso, eventos como o “Verão do Povo”, realizados recentemente, tiveram público aquém do esperado, contrastando com gestões anteriores, quando as praias ficavam lotadas de banhistas e atividades culturais atraíam multidões. Essa baixa adesão levanta dúvidas sobre a estratégia da atual administração em mobilizar e engajar a população.

A prefeita argumenta que os desafios serão resolvidos em curto, médio e longo prazo. Porém, para o Carnaval, a resposta parece ser imediata. A questão que ecoa entre os moradores é: até que ponto investir em festas grandiosas faz sentido diante de pendências financeiras e administrativas?

Parnamirim vive um momento de incertezas, e a gestão precisará equilibrar melhor discurso e prática para evitar que o Carnaval, por maior que seja, vire o símbolo de uma administração desconectada das reais necessidades da população.

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