A procura por testes de covid-19 e gripe Influenza continua acentuada no fim de semana em Natal. Diretor de um laboratório privado, Paulo Gurgel de Medeiros Júnior, observou que desde o dia 28 de dezembro do ano passado vem crescendo o número de atendimento e que o “índice de positividade deu uma crescida”. Paulo Gurgel disse que pelo menos no laboratório que leva o nome de seu pai, houve um crescimento “de algo em torno de 500% nos atendimentos”.
Gurgel afirmou, ainda, que até a terceira semana de dezembro “a procura era mínima”, porque durante o Natal, “as pessoas geralmente se testavam para se encontrar pessoas mais idosas” para não comprometer a família.
Já na manhã deste sábado (8), no DNA Center, havia fila de carros com pessoas que procuravam atendimento no drive tru, na avenida Afonso Pena, Tirol. A informação do laboratório é que entre o fim de novembro e o começo de janeiro ocorreu um crescimento de 300% no número de testes, com aumento de índice de positiva na casa dos 200%.
Dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) também apontam que os resultados positivos dos testes de detecção da covid-19 realizados em farmácias tiveram um salto na última semana de 2021, em comparação à semana anterior. Segundo os dados nacionais, foram realizadas 283.763 testagens entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro, número 50% superior aos 188.545 atendimentos ocorridos de 20 a 26 de dezembro. A quantidade de resultados positivos pulou de 22.283 (11,8% do total) para 94.540 (33,3%).
Segundo a Abrafarma, a quantidade de resultados positivos dos testes aumentou de janeiro a junho do ano passado; no mês de julho ocorreu o início de uma tendência de recuo, em função dos avanços no processo de imunização. Em novembro, o percentual de casos positivos esteve pela primeira vez abaixo de 10%. No entanto, dezembro registrou uma evolução de 188%, com 17,4% dos testes resultando positivo.
A dificuldade de atendimento no SUS, segundo representantes do setor, também pressiona mais a rede privada. A epidemia de influenza (gripe) em vários Estados e o espalhamento da variante Ômicron do coronavírus, mais contagiosa, são os principais motivos para a aceleração da procura.