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Estudante de escola pública do RN é aprovada em 13 faculdades estrangeiras aos 18 anos de idade

A estudante potiguar Maria Luiza Carlos Maia Cabral, de 18 anos de idade, foi aprovada em processos seletivos de 13 faculdades estrangeiras, além de ter passado também no vestibular para estudar na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Com as opções, a jovem decidiu fazer o curso de Engenharia Elétrica na University of North Florida (UNF), dos Estados Unidos. O ano letivo para a estudante começa no mês de agosto, data em que ela já precisa estar no novo país.

“Eu escolhi UNF por ser uma faculdade que me deu mais opções no âmbito financeiro. Além de ser uma faculdade muito bonita, é uma faculdade cheia de oportunidades. Eles me deram uma bolsa que me permite ir para lá”, explicou.

A estudante cursou o ensino médio no Centro Estadual de Educação Profissional Professora Lourdinha Guerra, de Parnamirim, mesma escola na qual atua um professor potiguar medalhista de ouro nas Olimpíadas de Matemática.

A escolha para atuar na área de Engenharia Elétrica se deu por influência do pai. A mãe, por sua vez, a influenciou a aprender inglês e a buscar estudar fora do país.

“O meu pai segue essa área de energias renováveis, de energia elétrica e automação residencial. E eu segui a área por causa do meu pai. Já a área de querer viajar, fazer faculdade fora, aprender o inglês foi por causa da minha mãe, que é professora de inglês no ensino público”, contou.

Durante os processos seletivos, a estudante precisou fazer provas, apresentar atividades extracurriculares realizadas na escola, ser recomendado por professores, além de pontuar com medalhas estudantis conquistadas e menções honrosas.

Em 2022, a estudante já havia ganho uma bolsa de intercâmbio com tudo pago para Houston, no Texas, onde passou um mês. Nesse tempo, chegou a visitar a Nasa. Esse período aumentou o interesse de estudar fora do Brasil.

“Eu sempre tive esse interesse de sair da bolha que eu vivia, poder conhecer outros lugares, pessoas diferentes, então eu, desde pequena, sempre tive essa influência de não querer ficar naquele ninho do pai e da mãe. Eles sempre me incentivaram a correr atrás e viver minha vida”, disse.

A tia Maria Diana contou que a sobrinha Maria Luiza sempre teve exemplos importantes de mulheres na família para acreditar no sonho.

“Nós somos oito mulheres que viemos do interior do estado, de Almino Afonso, e sempre acreditamos na nossa base familiar, em Deus e nos estudos. Maria Luiza sempre teve o exemplo muito forte em relação a isso” contou a tia.

“A gente vai sentir muita falta, mas é uma saudade de alegria, de saber que ela está realizando sonhos”, completou.

A jovem abriu uma rifa para arrecadar recursos para conseguir comprar a passagem e custear as primeiras despesas da viagem.

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