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Falta de informação e preconceito ainda limitam o número de doadores de órgãos no RN 

  • Cidades

Quando o assunto é doação de órgãos, muitas dúvidas ainda persistem. Apesar de ser uma prática realizada há décadas no Brasil, inclusive no Rio Grande do Norte, alguns detalhes acerca do procedimento são alvo de preconceito e desinformação, criando obstáculos para a saúde e a manutenção da vida. A taxa de recusa de familiares no Estado é de 74%.

Diferente do que muitos imaginam, a doação pode ser realizada tanto em vida quanto após o falecimento de uma pessoa, passando por inúmeros critérios sanitários que garantem segurança ao receptor, como informa Kellen Costa, nefrologista RT da Davita, empresa parceira do Sistema Hapvida, com atuação em Natal.

“Para ser doador, não é necessário manifestar o desejo por escrito em documento. O mais importante é deixar claro para a família essa intenção. No Brasil, o transplante de órgãos e tecidos só pode ser realizado após autorização familiar no caso de doadores falecidos. O Rio Grande do Norte tem uma taxa de recusa de 74% nos casos potenciais de doação, devido à negativa de familiares”, esclarece a especialista com mais de 18 anos de experiência na área.

A médica explica também que o doador e a sua família não terão nenhum custo com a doação dos órgãos. Assim como também não terão nenhum ganho financeiro. “A doação é um ato de amor e solidariedade com o próximo. Ao tomar essa decisão, uma pessoa pode salvar a vida de até outras 10 pessoas”, explica ela.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem quase 60 mil pacientes aguardando transplantes. A fila cresceu 7% em relação a setembro de 2021, quando havia 53.218 pacientes na espera. O aumento foi de 27% em comparação com agosto de 2019, quando 44.689 pessoas estavam inscritas para receber um órgão ou tecido.

O Estado do RN tem mais de 800 pessoas na fila por um transplante de medula óssea, córnea, rim ou coração, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) e do Ministério da Saúde.

Comemorada desde 2014, a campanha Setembro Verde, criada a partir da Lei 15.463/2014, foi instituída para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. A cor verde foi escolhida por ser símbolo desse tipo de doação. Também no dia 27 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data escolhida para homenagear os santos católicos São Cosme e São Damião, considerados os padroeiros dos transplantes.

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