O número de golpes e fraudes associados ao PIX têm crescido no país, apontam especialistas. Esses ataques acontecem tanto por meio de vírus instalados sem que o consumidor perceba, como via engenharia social (quando um criminoso usa influência e persuasão para enganar e manipular pessoas e obter senhas de acesso).
O aumento, dizem esses especialistas, acompanha a crescente popularização do sistema de pagamentos instantâneos. Um levantamento recente feito pela ACI WorldWide, por exemplo, indicou que o Brasil é o 2º país com mais transações em tempo real do mundo.
Só em 2022 foram registradas 29,2 bilhões de transações no país, o equivalente a 15% do total registrado no mundo, de 195 bilhões.
De acordo com o diretor geral da AllowMe, plataforma de prevenção à fraude e proteção de identidades digitais, Gustavo Monteiro, o PIX acaba sendo um dos meios mais utilizados pelos fraudadores principalmente por conta da instantaneidade do sistema.
Segundo dados do Banco Central, mais de 147 milhões de usuários estavam cadastrados no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) até o final de abril — um aumento de 0,9% na comparação mensal (146,4 milhões) e de 16,8% em relação a igual mês de 2022 (126,6 milhões).