Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos e especialista em relações internacionais, foi o convidado do Ponto de Vista, de VEJA, nesta terça-feira, 30. Barbosa comentou o resultado das eleições na Venezuela. Para o especialista, a indefinição em torno das eleições no país testará a política externa do governo Lula.
Rubens Barbosa disse na live que o governo “armou uma armadilha para si próprio” quando o assessor especial Celso Amorim afirmou que não endossaria “narrativas de fraude” antes da divulgação das atas de votação. “E se as atas não forem publicadas?”, questionou o diplomata. Barbosa também destacou a contradição entre a nota do PT reconhecendo a vitória de Maduro e a postura de mais cautela do Planalto. “Como fica a posição do governo brasileiro quando o principal partido já se comprometeu?”
Rubens Barbosa disse na live que o governo “armou uma armadilha para si próprio” quando o assessor especial Celso Amorim afirmou que não endossaria “narrativas de fraude” antes da divulgação das atas de votação. “E se as atas não forem publicadas?”, questionou o diplomata. Barbosa também destacou a contradição entre a nota do PT reconhecendo a vitória de Maduro e a postura de mais cautela do Planalto. “Como fica a posição do governo brasileiro quando o principal partido já se comprometeu?”
O ex-embaixador ressaltou ainda a manifestação de diversos países da região, como Chile, Uruguai e Peru, contestando o resultado na Venezuela, em contraste com o compasso de espera da gestão Lula. Para Barbosa, a comunidade internacional espera uma “posição clara” do Brasil como potência regional.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) informou na segunda-feira, 30, que Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições presidenciais, mas o resultado é contestado pela oposição e por órgãos internacionais. A líder da oposição no país, María Corina Machado, afirma ter provas incontestáveis da vitória do candidato Edmundo González.