Na manhã desta quarta-feira (5), a cidade de Parnamirim promoveu sua Jornada Pedagógica em um evento realizado em um hotel de luxo em Natal. Com direito a kits para os participantes e um farto coffee break, o evento levanta questionamentos sobre a real situação financeira do município, que tem adotado medidas de contenção de gastos sob a justificativa de uma crise anunciada pela própria prefeita.
A realização da Jornada em um local de alto padrão contrasta com a realidade enfrentada por diversos servidores municipais, como os agentes comunitários, que ainda aguardam o pagamento de seus salários. A verba federal destinada a esses profissionais já se encontra na conta da prefeitura, mas, até o momento, não foi repassada aos trabalhadores, apesar das alegações de que estaria na conta do servidor.
O questionamento que ecoa entre os cidadãos de Parnamirim é simples: qual foi o custo desse evento para os cofres públicos? O aluguel do salão do hotel, o buffet e os kits distribuídos foram pagos com recursos municipais? Se sim, onde está a coerência na narrativa de crise financeira usada para justificar cortes e atrasos nos pagamentos?
Além disso, surge outra dúvida pertinente: Parnamirim não possui nenhum espaço próprio ou público adequado para sediar um evento voltado à educação municipal? A escolha de um hotel de luxo em Natal para um evento da rede de ensino da cidade reforça uma aparente desconexão entre a gestão e as prioridades reais do município.
Enquanto isso, a população segue aguardando respostas concretas sobre os gastos da administração municipal, os servidores cobram seus direitos, e a crise financeira continua sendo usada como justificativa para a precarização de serviços essenciais.
