De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS), o estado tem 48 casos confirmados de leptospirose como consequência do contato com as águas das enchentes.
O número de confirmações aumentou 65,5% em menos de 24h. Até o momento, há 545 suspeitas no estado. Duas mortes pela infecção foram anunciadas até esta quinta-feira (23/5).
Na última segunda-feira (20/5), a pasta informou a morte de um homem de 67 anos por leptospirose. Ele morava no município de Travesseiro, no Vale do Taquari.
A segunda morte pela infecção foi divulgada na tarde de quarta-feira (22/5). A vítima era um homem de 33 anos, morador de Venâncio Aires, município do Vale do Rio Pardo. Ambos faleceram na última sexta-feira (17/05).
Os casos são os primeiros desde o início das enchentes, no final de abril. Segundo o Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria.
“Mesmo que a leptospirose seja uma doença endêmica, com circulação sistemática, episódios como a dos alagamentos aumentam a chance de infecção”, afirma a Secretária de Saúde, por meio de publicação.
Antes do período de calamidade pública enfrentado pelo RS, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2024, até 19 de abril, ocorreram 129 casos e seis óbitos. Em 2023, foram 477 casos com 25 óbitos.