A Meta, empresa que controla as redes sociais Facebook e Instagram, informou nesta sexta-feira (4/11) que vai retirar das páginas publicações que pedem intervenção militar.
“Temos acompanhado com atenção os acontecimentos no Brasil e as conversas sobre esses eventos nas nossas plataformas, e começamos a remover pedidos para uma intervenção militar no Brasil do Facebook e Instagram”, disse um porta-voz da empresa.
Questionada pela reportagem, a empresa não informou, no entanto, a quantidade de publicações retiradas e nem quais perfis foram atingidos.
Após a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), manifestantes simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas protestar contra o pleito. Entre as pautas dos atos, além dos bloqueios em rodovias, estão os pedidos de intervenção federal.
Até quarta-feira (2/11), havia registros de pedidos de intervenção das Forças Armadas em pelo menos 24 estados. Com centenas de bandeiras do Brasil, apoiadores do presidente citaram o artigo 142 da Constituição Federal, que regulamenta a ação das Forças Armadas em território nacional.
A interpretação da regra, no entanto, é equivocada: a legislação brasileira proíbe intervenção militar sob pretexto de “restauração da ordem”.