O assessor especial da Presidência brasileira, Celso Amorim, disse que o assassinato do chefe do Escritório Político do Hamas, Ismail Haniyeh, é um “excesso que pode custar muito caro”. O líder foi morto em ataque em Teerã (Irã) na quarta-feira (31.jul.2024).
“Ele estava em um 3º país. Você não poderia fazer uma coisa dessas, é uma violação à soberania”, afirmou em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!, exibida na noite de quinta-feira (1º.ago). “É uma agressão e eu não sei como o Irã vai reagir. Tenho lido que eles vão retalhar com força”, declarou.
Segundo Amorim, o Hamas cometeu, em 7 de setembro, uma “ação terrorista” que foi condenada pelo Brasil. No entanto, o grupo “não é visto na região como se fosse uma entidade terrorista”, mas como um partido político. Haniyeh era, conforme o assessor especial, um líder “que conversava” e circulava em diversos países.