O senador Styvenson Valentim (PODE), em entrevista na manhã desta terça-feira (14), ao programa Tribuna Livre, da rádio Jovem Pan News Natal, falou sobre o ultimato que recebeu do seu partido para que definisse a sua candidatura ou não ao Governo do RN. O Podemos-RN, em assembleia no último sábado (11), definiu o dia 19 como prazo para que Styvenson se decida, mas o senador não gostou da pressão e disse que não vai tomar nenhuma decisão, e até ameaçando deixar o partido.
“Dia 19 eu não vou tomar decisão nenhuma, só porque eu não quero agora. Poderia até tomar”, disse o senador, que justificou dizendo que o partido deveria cuidar dele que é detentor de mandato: “Senador da República. Deveria – o partido – me bajular, deveria estar cuidando de mim: ‘senador tome sua decisão bem cautelosa, com responsabilidade, uma decisão que realmente o senhor possa fazer algo por esse estado’. Agora eu tomar uma decisão açodada, sob pressão, dando ultimato, é mais fácil eu sair do partido”, completou Styvenson.
Styvenson considera que tomar a decisão agora, cedendo a pressão imposta pelo partido, seria uma irresponsabilidade e ele não pode fazer isso. “Eu não sou irresponsável de tomar a decisão açodada. Para satisfazer quem? Que aperreio? Que agonia é essa? Que desespero é esse de tomar decisão dia tal? Tomo no dia que eu achar seguro tomar. Não descarto – a candidatura -, mas dia 19 não”.
O senador diz que a pressão para que ele anuncie sua decisão tem interesses que não estão sendo ditos, e provoca para que os interessados digam “a verdade”. “Por que não conta a verdade? O que é? ‘A gente quer aqui acertar como é que vai ser, se a gente apoia A, se apoia B, se a gente tem candidato e o senhor vai junto, se a gente vai ser eleito com os seus votos’, por que não diz a verdade para a população?”, questiona Styvenson Valentim.
Questionado se ele tem um prazo para definir sua candidatura, o senador voltou a afirmar que não será no que o partido estabeleceu. “Se eu tenho um prazo para anunciar a candidatura? Só não é 19. Li uma matéria dizendo assim: “ultimato”. É uma palavra bem forte. Acho corajoso, porque quem me conhece sabe que eu não cedo pressão, ainda mais de partido. Eu cederia se fosse da minha mãe, da população. Algo assim, realmente significativo”, declarou o senador.