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No Chile, Lula pede transparência e defende diálogo entre chavismo e oposição na Venezuela

  • Política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a transparência e diálogo após a contestada reeleição de Nicolás Maduro, acusado de fraude eleitoral pela oposição. Ele está em Santiago, no Chile, onde se reuniu com Gabriel Boric, em meio à disputa em Caracas.

Lula disse que informou o chileno sobre as conversas com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador sobrea crise na Venezuela. E seguiu: “É o respeito pela tolerância e o respeito pela soberania popular nos move a defender a transparência dos resultados. É o compromisso com a paz nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre o governo e a oposição ”.

O presidente ainda lamentou que o Brasil tenha a “triste mácula” de ter apoiado a ditadura militar no Chile. “Sabemos que a arbitrariedade é inimiga do bem estar”, disse ao criticar, sem citá-lo diretamente, o governo do antecessor Jair Bolsonaro. “Nos últimos anos, o Brasil experimentou uma versão tacanha da combinação entre autoritarismo e liberalismo econômico”.

A Venezuela se tornou um tema central no encontro, ainda que não estivesse na pauta da reunião bilateral. O Brasil não reconheceu resultados da eleição e tem cobrando pela divulgação das atas que comprovariam os resultados. O presidente Lula, no entanto, disse na semana passada que não vê nada de “grave” ou “anormal” no processo.

O Chile também espera pelos dados das urnas, mas adotou uma posição mais firme com Nicolás Maduro. Gabriel Boric, também de esquerda, disse que os resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, são “difíceis de acreditar”. Em retaliação, a Venezuela fechou a representação diplomática do Chile, assim como fez com outros países da região que contestaram a vitória de Maduro.

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