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Para atender demandas do Centrão, governo Lula já discute recriar a Funasa

Pressionado pelo Centrão, o Palácio do Planalto vai discutir, na próxima semana, a recriação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A instituição foi extinta há um mês por medida provisória editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas partidos do Centrão querem sua volta para acomodar indicados que lidam com um orçamento robusto nos Estados.

A Funasa tem 26 superintendências e, nos últimos anos, se tornou um feudo político do PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), reeleito na última quarta-feira (1). A manutenção da Funasa começou a ser negociada para contornar uma crise no PSD, uma vez que, de última hora, alguns senadores da sigla ameaçaram votar em Rogério Marinho (PL-RN), candidato apoiado por bolsonaristas.

Outros partidos também querem ocupar cargos na fundação, que tem orçamento de R$ 3 bilhões. Na lista estão o PP, o PL, o Republicanos, o União Brasil e o MDB.

“Não é preciso acabar com a Funasa. Nós vamos ter uma reunião, na próxima semana, com os ministérios das Cidades e da Saúde para tratar desse tema”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). “Por mais problemas que a Funasa tenha tido nesses anos todos, ela é a cara da pequena cidade, daqueles municípios que nem sempre recebem o tratamento devido por parte dos ministérios”, afirmou.

Distribuição

A medida provisória de 2 de janeiro entrou em vigor no último dia 24, estabelecendo que as atividades da fundação relacionadas à vigilância em saúde e ambiente ficariam sob responsabilidade do Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade. As ações relacionadas a saneamento, por sua vez, seriam direcionadas ao Ministério das Cidades, hoje nas mãos de Jader Filho (MDB).

A estratégia planejada pelo governo para atender os aliados, agora, é deixar caducar a MP que decretou o fim da Funasa, como informou a Coluna do Estadão ontem. “A maioria da bancada já se posicionou favoravelmente à sua recriação. Estamos conversando com o governo para buscar um acordo”, disse o deputado Zeca Dirceu (PR), líder do PT na Câmara.

Fonte: Jornal Estado de São Paulo

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