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Pesquisa da CNT aponta problemas nas estradas do RN

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Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou problemas nas estradas do Rio Grande do Norte. O levantamento constatou que 67,1% da malha rodoviária analisada está abaixo das condições ideais (regulares, ruins ou péssimas), e apresenta algum tipo de problema, seja no pavimento, sinalização, entre outros quesitos. Essa má qualidade ocasiona, segundo a pesquisa, consumo desnecessário de combustível e prejuízos para os condutores. O resultado do RN é acima da média registrada no País, que ficou com 61,8% em más condições.

A Pesquisa CNT de Rodovias avaliou toda a malha pavimentada das rodovias federais e principais trechos estaduais. Em 2021, foram analisados 1.879 km no Rio Grande do Norte. A malha estadual possui 3.400 km e a federal 1.500 km. Entre os quesitos, o estudo avalia o estado geral, sinalização, pavimento, geometria da via, pontos críticos e custo operacional. Em relação a 2019, o Estado Geral das rodovias do RN apresentou piora de 1,5%. 
A geometria das vias no RN é o ponto que apresenta maiores índices de problemas, segundo o estudo. A avaliação mostra que 73,1% da extensão da malha rodoviária analisada apresentam algum tipo de problema e 26,9% estão ótimas ou boas. As pistas simples predominam em 92,4%. Falta acostamento em 55,9% dos trechos avaliados e 52,6% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
De acordo com o estudo, divulgado nesta sexta-feira (03), 63,6% do pavimento na malha do RN apresentam problemas e 36,4% estão em condição satisfatória. Em relação à sinalização, 55,2% da extensão da malha rodoviária da região são consideradas regulares, ruins ou péssimas; 44,8%, ótimas ou boas; 7,3% da extensão está sem faixa central e 14,1% não têm faixas laterais.
A pesquisa também identificou 26 pontos críticos na malha do Estado, isto é, trechos com buracos maior que um pneu. Quem passou por uma situação dessas foi o taxista José Edson Borges, que faz a linha Natal/Currais Novos todos os dias. “Com cinco dias que tinha comprado o carro perdi dois pneus. Foi num buraco depois de Santa Cruz há dois anos”, cita. Mesmo com as críticas feitas pelo relatório, ele cita que o trecho que faz todos os dias está conservado. “O pessoal reclama muito, porque depende do trecho, no meu percurso acredito que está boa”. 
Em relação a pontos críticos, o diretor de Estradas e Rodagens do RN, Manoel Marques, disse que na próxima semana deverão ser assinadas as ordens de serviço para recuperação de 28 trechos específicos no Estado. O investimento será de R$ 50 milhões.
“Trechos críticos são aqueles que não dá mais para fazer o tapa-buraco”, explica. Ele acrescenta ainda que “90% da malha está boa, regular ou ótima”. 
Os serviços serão realizados em trechos e segmentos críticos de estradas como o trecho de divisas de Carnaúba dos Dantas e Ouro Banco, no Rio Grande do Norte, com o estado da Paraíba, acesso ao distrito de Boi Selado (Região Seridó), Pedra Preta/Lajes (Região Central), Assu/Carnaubais, Carnaubais/Porto do Mangue (Vale do Assu), Avenida Leste/Oeste Mossoró, Tibau/Grossos, Lucrécia/Umarizal, Olho D’água do Milho/Apodi (Oeste), Barra do Cunhau/Vila Flor, Vera Cruz/Monte Alegre (Região Agreste).
O relatório da CNT aponta ainda que as condições do  pavimento no Estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 32,6%. Segundo o estudo, isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
Para recuperar as rodovias do Rio Grande do Norte, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, seriam necessários R$ 578,4 milhões, segundo o estudo da CNT. 
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou contatar A Superintendência Regional do  Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no RN (Dnit-RN), mas não obteve retorno. 

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