O Rio Grande do Norte é o estado brasileiro com maior número de candidatas mulheres nas eleições de 2022. Do total de 556 candidatos que disputam os cargos no território potiguar, 200 são mulheres. Em percentual, esse número representa 35,97% dos registros. Dos nove candidatos ao Governo, três são mulheres, enquanto que para o cargo de vice-governadoria, dos nove que disputam a vaga, há duas mulheres. Na concorrência pelo senado, com dez candidaturas, há apenas uma mulher. Já para o cargo de deputado federal, das 186 candidaturas, 71 são mulheres. Por último, dos 320 candidatos à Câmara dos Deputados do estado, as mulheres somam 114 candidaturas. Esta checagem foi feita pelo TN Verifica, núcleo de checagem da Tribuna do Norte, que integra projeto nacional de combate a informações falsas.
Em relação aos cargos para o primeiro e segundo suplente, eleitos quando um vereador eleito não pode assumir o cargo ou não pode dar continuidade ao mandato por qualquer motivo, as mulheres registram 2% das candidaturas. Quatro disputam como 1º Suplente e outras cinco como 2º suplente. Os dados compilados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e levam em consideração tanto os registros de candidatura deferidos quanto aqueles que estão aguardando julgamento.
Para o cargo para Governo do Rio Grande do Norte, representam o percentual feminino as candidatas Clorisa Linhares de Vasconcelos Vale (PMDB), Rosália Fernandes (PSTU) e a governadora Fátima Bezerra (PT) que neste ano tenta a reeleição. Para os cargos de vice na gestão governamental, concorrem a professora Socorro Ribeiro (PSTU) e a empresária Francisca Henrique (Pode). Única representante feminina nas candidaturas ao Senado, a veterinária Shirlei Medeiros (DC) disputa uma vaga na câmara potiguar.
Já para a câmara de deputados do Rio Grande do Norte, estão entre as 114 mulheres da disputa, Adriana a Trombeta (PL), Alline Fernandes (Avante) e Anne Marjorie (MDB). Já para o cargo de 1º Suplente estão Andrea Alves (PRTB), Antônia Morais (PSTU), Marluce Barros da Silva (Up) e Sueli Nicacio (Psol). Concorrem ao Cargo de 2º Suplente: Ana Sufia (PCdoB), Cinara (PSB), Ligia Gomes (Psol), Marluce Barros (Up) e Vitória Campelo (PRTB).
No Brasil, conforme aponta a Emenda Constitucional 117, os partidos políticos devem destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas, sendo a distribuição de acordo com o número de candidatas. Além disso, a cota vale tanto para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, chamado de Fundo Eleitoral, quanto para recursos do Fundo Partidário direcionados a campanhas. Os partidos também devem reservar no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às mulheres. A Emenda resulta da PEC 18/21 e foi sancionada pelo Congresso Nacional em abril deste ano.