Em três anos, o Rio Grande do Norte registrou o terceiro menor percentual estimado de redução de pessoas em situação de pobreza entre os estados do Nordeste. Ao todo, de 2021 a 2023, o índice foi de -13,4%. Em números absolutos, a população nessa condição saiu de pouco mais de 1, 8 milhão para 1,5 milhão. Os dados correspondem a estimativas, com base em informações da PNAD Contínua, e foram analisados por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No comparado a outros estados do Nordeste, o estimado é que a redução do estado potiguar só foi maior que a do Ceará (-10,3%) e Piauí (-12,1%). Os maiores percentuais, por sua vez, foram registrados em Alagoas (-23%) e Maranhão (-19,5%). Conforme apontam os pesquisadores da FGV, no caso deste último estado e de outros como a Bahia, é preciso considerar que eles concentram o maior número de pessoas em situação de pobreza.
Apesar da baixa queda em relação à saída da população da pobreza, o Rio Grande do Norte apresentou a maior redução de retirada de pessoas da extrema pobreza no Nordeste nos últimos três anos. Ao todo, o total saiu de 530.017 para 228.462, o que corresponde a -56,9%.
Cenário Nacional
Em todo o Brasil, entre 2022 e 2023, 9,6 milhões de pessoas saíram da condição de extrema pobreza. De acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, “ o resultado reflete a implementação de um amplo conjunto de políticas e programas sociais no Brasil, aliados à retomada do crescimento da economia, com geração de emprego e renda e valorização do salário mínimo”.
Dos 9,6 milhões que saíram da extrema pobreza, 4,8 milhões moravam no Nordeste no período da pesquisa. Isso equivale à metade do resultado alcançado em todo o país. Em relação a pessoas em situação de pobreza, o resultado também é positivo: 5,4 milhões de pessoas residentes na região saíram dessa situação, nos últimos dois anos.
Em uma avaliação detalhada, em 2021, a situação de pobreza e de extrema pobreza somadas, em Alagoas, Pernambuco e Maranhão, era superior a 60,5% da população. Em todos os nove estados nordestinos, 33 milhões de pessoas pertenciam à linha de pobreza e outras 10 milhões estavam em situação de extrema pobreza, em 2021.