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RN tem o pior Ensino Médio público do Brasil, aponta Ideb

  • Educação

O Rio Grande do Norte teve, em 2021, a pior nota do País no Ensino Médio Público da rede estadual, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O Estado obteve apenas 2,8 como média. O desempenho terminou abaixo das médias brasileira e do Nordeste para o mesmo recorte, que ficaram em 3,9 e 3,8, respectivamente. O Paraná obteve o melhor desempenho do Brasil entre estudantes de escolas estaduais, com nota 4,6, ou seja, 1,8 ponto a mais do que o registrado no RN. Estados nordestinos como Paraíba, Alagoas, Sergipe e Piauí também atingiram números bem acima do Estado potiguar: 3,9, 3,5, 39 e 4,0, respectivamente.

O péssimo desempenho no exame aprofunda uma tendência de queda nas notas da rede estadual de Ensino nos últimos anos. Em 2020, por exemplo, quando foram divulgadas as notas relativas ao ano de 2019, a nota do Estado era 3,2. Ou seja, de lá para cá houve uma queda de 0,4 ponto. Da mesma forma, a colocação do RN está numa descendente. Naquele ano, o Ensino Médio da rede do Estado dividiu as piores colocações com Pará, Amapá e Bahia. Dessa vez, sobrou a última colocação isolada.

No recorte total, que reúne as avaliações de alunos de escolas públicas e privadas, o Estado conseguiu desempenho melhor apenas do que o Amapá no seu Ensino Médio. Os dados apontam 3,4 pontos para o RN e 3,3 para o AP. O desempenho dos estudantes do Ensino Fundamental também colocaram o Rio Grande do Norte na parte de baixo do ranking nacional. No anos iniciais da Educação Básica (do 1º ao 5º ano), o Estado recebeu nota 5,0, desempenho melhor somente do que o do Amapá, com nota 4,9.

A média do Brasil é de 5,8. Nos anos finais do Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano), o RN obteve resultado levemente mais confortável (4,4 pontos). Neste caso, o desempenho do Estado foi igual ao do Pará e melhor do que o do Maranhão (4,3) e do que o do Amapá (4,1). Para o Ensino Fundamental, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) compilaram o desempenho dos estudantes das redes pública (estaduais e municipais) e privada, sem separação de recortes.

A meta do Brasil para o Índice em 2021 era atingir nota 6,0 para os anos iniciais do Ensino Fundamental, 5,5 para os anos finais e 5,2 para o Ensino Médio. Os índices ficaram em 5,8, 5,1 e 4,2, nesta ordem. O cálculo do Ideb obedece à seguinte fórmula: os resultados dos testes de língua portuguesa e matemática são padronizados em uma escala de zero a dez; depois, a média dessas duas notas é multiplicada pela média das taxas de aprovação das séries de cada etapa avaliada (anos Iniciais, anos Finais e Ensino Médio), que, em percentual, varia de zero a cem. Os resultados mostram que o país, em um contexto de pandemia, não cumpriu nenhuma das metas. “A pandemia trouxe alteração expressiva”, diz o presidente do Inep, Carlos Moreno. Segundo o presidente do Inep, agora será necessário construir um novo plano de metas para o Brasil.

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