Após a recomendação do Ministério da Saúde para que seja suspensa a vacinação de adolescentes sem comorbidades, a Secretaria Estadual Saúde de Saúde Pública (Sesap) orientou que os municípios do RN mantenham a imunização deste público, pelo menos até um posicionamento da Anvisa.
A Sesap ainda informou que aguarda ainda um posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), requisitado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a respeito de “eventuais mudanças com relação à aplicação dos imunizantes nos menores de idade”, como sinalizou o Ministério da Saúde na nota técnica.
A prefeitura de Natal anunciou a suspensão da imunização dos adolescentes de 12 aos 17 anos, na manhã desta quinta-feira (16), após a publicação da nota do Ministério da Saúde.
Após a recomendação do governo do estado, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal informou que vai manter a suspensão informada pela manhã, de acordo com a orientação do ministério.
Novo posicionamento
O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo.
A vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos:
- adolescentes com deficiência permanente,
- adolescentes com comorbidades,
- e adolescentes que estejam privados de liberdade.
A nota informativa desta quarta contraria uma outra publicada pela pasta em 2 de setembro, que recomendava a vacinação para esses adolescentes a partir do dia 15.
O próprio Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que participa das decisões sobre os rumos do Plano Nacional de Imunizações, divulgou nota na quarta-feira afirmando que a “vacinação de todos os adolescentes é segura e será necessária”.
Nesta quinta, o Conass e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) solicitaram posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a aplicação da vacina em adolescentes de 12 a 17 anos.
O pedido dos conselhos foi feito com base na nova orientação do Ministério da Saúde e também num “possível evento adverso grave relacionado à vacina Pfizer em adolescente do estado de São Paulo”. O ofício não explica que evento adverso é este.