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Shein terá produção no Rio Grande do Norte a partir de julho

A primeira produção de roupas da empresa Shein no Brasil será no Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), no Palácio do Planalto, em Brasília, confirmando a instalação de uma fábrica em Macaíba, na Região Metropolitana de Natal, numa parceria com a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas). A previsão é que as peças comecem a ser produzidas a partir do mês de julho. As roupas serão vendidas pela empresa chinesa em seu e-commerce.

A escolha da primeira fábrica foi anunciada após reunião da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o dono da Coteminas, Josué Alencar, também presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e com o presidente do Conselho para a América Latina da Shein, Marcelo Claure.

O projeto-piloto, que selará as parcerias comerciais com dois mil fabricantes brasileiros e prevê gerar 100 mil novos empregos nos próximos três anos, começa na unidade da Contaminas, em Macaíba, mas vai usar a expertise de mais de quatro mil profissionais das oficinas de costura instaladas do interior do Estado, em especial na região do Seridó. Num primeiro instante, a aposta será em jeans, brim e malhas de algodão.

“Dois meses atrás, estabelecemos um compromisso com o Brasil, de trocar a fabricação para o mercado brasileiro, abrir duas mil fábricas e gerar 100 mil empregos nos próximos três anos. Estamos aqui para reafirmar o compromisso nesse projeto piloto no Rio Grande do Norte”, afirmou Marcelo Claure. A opção inicial se conecta com a vocação têxtil do Estado associada ao programa de incentivos fiscais da região, o Pró-Sertão, criado em 2013. Atualmente, o RN tem 124 unidades fabris em 35 municípios potiguares, dentro do programa Pró-Sertão. Elas são contratadas pela empresa âncora do programa, a Guararapes, e produzem, em média, 48 mil peças por dia.

A Shein promete investir R$ 750 milhões para aumentar a competitividade da indústria têxtil no Brasil. “Os cálculos iniciais de custos que fizemos apontam que os produtos serão muito competitivos. Acreditamos também na qualidade, graças à mão de obra qualificada que temos no Rio Grande do Norte”, avaliou o presidente da Fiesp e da Coteminas, Josué Alencar.

O Brasil é o primeiro mercado – em que a Shein tem operações – a receber um modelo de produção própria das peças comercializadas na plataforma. Segundo Marcelo Claure, o mercado nacional está entre os cinco mais relevantes para o negócio. Na China, sede da companhia, mais de 6 mil fábricas são responsáveis pela confecção dos itens de vestuário comercializados pela varejista virtual em 165 países operados pelo negócio.

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