O sistema prisional do Rio Grande do Norte tem um déficit de 2.1 mil vagas de detenção, segundo dados do sistema Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O CNJ monitora mensalmente o Cadastro Nacional de Inspeções nos Estabelecimentos Penais (CNIEP) e revelou que o estado conta com 28 unidades carcerárias que abrigam um total de 8.521 presos em regime fechado.
De acordo com os dados do CNJ, as carceragens do Rio Grande do Norte têm capacidade para receber um total de 5.801 indivíduos, mas atualmente apresentam um déficit de 36,36%, ou seja, 2.128 presos além do total. Somente quatro unidades prisionais não apresentam superlotação.
O governo do Rio Grande do Norte precisará construir três presídios com a capacidade do Complexo Penitenciário de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Região Metropolitana de Natal, para abrigar o contingente que superlota os presídios. Atualmente, a Penitenciária de Alcaçuz abriga 1.871 presos, quase o dobro da capacidade total de 967 vagas, o que representa um déficit de 903 vagas. Foi nessa unidade que ocorreu um massacre em 2017, quando 26 presos foram mortos.
O Rio Grande do Norte enfrenta uma onda de violência ao longo da semana. As possíveis motivações para essa sequência de ataques, iniciados na última terça-feira (14), são as restrições nos presídios, a superlotação e a intensificação dos confrontos contra as forças de segurança.