A perda da confiança é algo que jamais passará em vão, porque nenhum dos envolvidos voltará a ser igual e nada será como antes. Cada um é que terá de lidar com a própria escolha, tendo consciência de que demora muito voltar a confiar – e nem sempre voltamos.
A confiança é algo que demora a ser firmado, pois depende da passagem do tempo e de como se desenvolvem os relacionamentos sejam amorosos, trabalhistas, políticos ou de amizade. Confiar em alguém nos deixa mais seguros, infelizmente, enquanto a confiança demora para ser adquirida, perdê-la pode ser muito rápido.
Por isso é que, muitas vezes, somos surpreendidos com atitudes que jamais esperávamos, vindas de quem nos era por demais querido e estimado.
Há quem afirme que uma fofoca desfaz uma grande amizade, o que de fato acontece. Mas, o além disso é desfazer e desconstruir amizades com atitudes que vieram de uma fofoca concreta, de incentivos de um único alguém que jamais somará em nada, e não ouvir os inúmeros conselhos de que o caminho está errado, e mesmo assim se persistir neste caminhar.
Quando perdemos a confiança a dor é avassaladora. Seja por conta de palavras cortantes ou de atitudes inesperadas, deparar-se com a decepção justo com a pessoa que abraçamos retira-nos o ar, o chão, íntegra e ética. Tudo fica nebuloso e a hipótese de dar ou não outra chance mina as nossas emoções, quebra-nos por dentro.
É certo que muitos aprendem com os erros e não voltam a repeti-los, outros erram conscientemente, e não calculando a dimensão destes erros se jogam a cada dia em um abismo, deixando pra traz um futuro promissor para amargar as consequências das escolhas erradas.