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Valor do IPVA para 2022 deve subir 30% em média

  • Economia

Os preços dos carros usados seguem em alta, o que alerta os seus proprietários também no que diz respeito ao pagamento do  Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) cobrado em 2022. Embora o  Estado não vá modificar a alíquota sobre o valor venal (baseado na Tabela FIPE) do veículo, permanecendo nos 3%, o imposto pago pelo contribuinte será mais alto em razão da elevação do preço dos automóveis no Brasil neste ano. Na média, os preços nas concessionárias de Natal, no último trimestre deste ano, estão 30% maiores em relação ao mesmo período do ano passado. Esse patamar pode ser duradouro e, na dúvida, os clientes preferem garantir a compra.

Em Natal, o carro de  entrada mais barato encontrado na segunda-feira (7), zero quilômetro, com nenhum recurso opcional foi o Fiat Mobi, ao preço de R$ 49.890,00. O IPVA sobre o preço de um modelo como esse irá custar R$ 1.496,00.  O modelo básico do Renault Kwid zero disponível em Natal está quase R$ 60 mil, porém ele já conta com itens como ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos nas duas portas dianteiras, som com MP3 e bluetooth, e air bags nos quatro bancos. O proprietário de um veículo como esse irá pagar R$ 1.799, 70 de imposto no próximo ano.


Em nota, a Secretaria Estadual de Turismo (SET), comunicou que, em meio a especulações, não há que não há previsão de aumento de alíquota deste tributo para o ano de 2022. “As especulações buscam, maliciosamente, associar a alta no valor dos carros usados, verificada em todo o país, ao reajuste da alíquota de IPVA. O impacto provocado por essa oscilação de preços foi na tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), usada em todo o País como referência para aplicação da alíquota do IPVA”, informa o comunicado.
O aumento dos preços dos veículos, tanto os novos quanto os usados é uma conseqüência do surto de coronavírus e das medidas de restrição social adotadas para conter as contaminações. As fábricas ao redor do mundo pararam a produção. Muitas plantas de montagem foram fechadas e, ao voltarem, funcionam de maneira mais enxuta. Os preços também sofreram a influência por rompimentos na cadeia produtiva de insumos, como os semicondutores, integrantes dos microchips. 


Por causa dessas medidas restritivas, quem quer ter o prazer de adquirir um carro novo deve ser paciente. As filas de espera duram em média, três meses dependendo do modelo comprado. Como uma boa parcela do público comprador não tem paciência para esperar, parte para a demanda de veículos usados e estes, seguindo a lei de mercado, também tem os preços reajustados para cima.
No País, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o valor médio dos veículos no País subiu 24,94% em 12 meses, no período entre outubro de 2020 e setembro deste ano. Os carros zero-quilômetro apresentaram um aumento de 20,72% no período. Se forem considerados somente os veículos usados, a elevação é ainda maior, de 30,25%. 

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