O material sobre rádios enviado pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), da forma como foi apresentado, não comprova a alegação de prejuízo ao presidente nas inserções da propaganda eleitoral no rádio. A fragilidade se deve principalmente à forma de análise da programação.
A empresa que fez o monitoramento para a campanha de Bolsonaro afirma realizar o monitoramento das transmissões divulgadas pelas emissoras por streaming. O problema é que, nessa modalidade, a veiculação da propaganda política não é obrigatória.
Da mesma forma que acontece, por exemplo, com a Voz do Brasil, as empresas de rádio podem veicular outros conteúdos pela internet durante o horário eleitoral, afirmam especialistas.
Na manhã desta quarta-feira 26, Bolsonaro usou o tema para insinuar que poderá não aceitar o resultado da eleição no próximo domingo.
“O que foi feito, comprovado por nós, pela nossa equipe técnica, é interferência, é manipulação de resultados. Eleições têm que ser respeitadas, mas, lamentavelmente, PT e TSE têm muito o que explicar nesse caso”, declarou.
Bolsonaro, que aparece atrás do ex-presidente Lula (PT) nas pesquisas eleitorais, responsabilizou diretamente o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), já alvo do presidente em suas mentiras e afirmações sem provas e indícios acerca das urnas eletrônicas e de todo o sistema de votação.