A prefeitura de Parnamirim publicou em diário oficial desta quinta-feira (6), a contratação de uma nova empresa terceirizada o que levanta sérias dúvidas sobre a coerência da gestão da prefeita Nilda Cruz.
Enquanto a administração municipal justifica medidas de contenção de despesas e anuncia uma redução de mais de 30% no número de servidores o que, segundo a própria prefeita, geraria uma economia de aproximadamente R$ 1 milhão para os cofres públicos, a escolha de uma empresa envolvida em polêmicas judiciais e até em uma operação da Polícia Federal em 2016 contradiz completamente esse discurso.
De acordo com informações judiciais, a empresa contratada já enfrentou cerca de 5 mil processos trabalhistas, um número alarmante que coloca em xeque sua credibilidade e compromisso com os direitos dos trabalhadores.
Como uma administração que alega estar preocupada com a valorização dos servidores opta por uma empresa com um histórico tão problemático?
Atualmente, Parnamirim conta com pelo menos três empresas terceirizadas, algumas delas com dificuldades de pagamento um problema que a própria prefeita fez questão de destacar publicamente.
No entanto, ao invés de buscar alternativas mais transparentes e confiáveis, Nilda escolhe uma empresa que carrega um histórico preocupante. Isso não apenas compromete a gestão, mas também reforça a suspeita de que a terceirização está sendo usada como ferramenta de controle político.
Nos bastidores, circulam informações de que essa nova contratação abriria espaço para a substituição de servidores concursados ou antigos funcionários por novos contratados, muitos deles sem capacitação suficiente, mas com um critério não declarado: “a lealdade política”.
Em um cenário onde perseguições a servidores são cada vez mais comentadas, essa nova empresa poderia ser um instrumento para encaixar aliados sem passar pelos processos seletivos exigidos para cargos públicos.
O discurso do comprometimento da ética e do respeito com os servidores precisam ser levados à prática.



