A recente aliança honradamente divulgada entre a prefeita de Parnamirim Nilda Cruz e a governadora do Estado Fátima Bezerra, levanta questionamentos sobre a real intenção dessa parceria.
Após anos de abandono por parte do governo estadual, sem investimentos ou recursos significativos para o município, bastaram apenas 30 dias de uma nova gestão para que as portas do Estado se abrissem para Parnamirim.
Os primeiros reflexos desse alinhamento já começaram a aparecer, como a compactação com o Hospital Deoclécio Marques para a realização de tomografias, algo que não acontecia há anos. Porém, há um detalhe curioso: essa compactação sequer consta no Diário Oficial, mas, segundo informações, os atendimentos já estariam acontecendo.

Se isso for verdade, a população pode até ser beneficiada, mas a transparência dessa relação precisa ser questionada.
A grande dúvida é: se o governo do Estado tivesse tomado essa atitude há mais tempo, Parnamirim estaria em outra situação, especialmente na saúde?
O governo estadual possui uma dívida bilionária com o município, e a prefeita agora precisa esclarecer se, com essa nova aliança, Fátima Bezerra vai finalmente saldar essa dívida ou não acordo nesta aliança para tal fins.
Além disso, a prefeita ressaltou que não está negociando apenas com o governo estadual, mas também com o governo federal. Ela afirmou ter destravado repasses financeiros, como o da FPM, um recurso que em 2024 gerou diversas reivindicações e manifestações de prefeitos. Será que outros prefeitos conseguiram da mesma forma?
Enquanto algumas cidades precisaram cortar servidores e enxugar despesas para equilibrar suas contas, Parnamirim conseguiu manter o equilíbrio financeiro, no ano tão difícil para as prefeituras do Estado.
O fato é que Nilda Cruz, que antes negava qualquer alinhamento com Fátima Bezerra e Lula, hoje se beneficia dessa aliança. Se os recursos chegam para melhorar a vida da população, isso é um ponto positivo, mas é essencial que tudo seja feito com transparência.
Afinal, a população merece saber não só o que está sendo feito, mas também por que só agora Parnamirim foi “lembrada”. Lembrando ainda que as eleições de 2026 já bateu à porta.