O Brasil deve dar início, na próxima segunda-feira (13), à campanha de vacinação contra a monkeypox, doença inicialmente conhecida como ‘varíola dos macacos’. A informação foi confirmada pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Nesse primeiro momento, a imunização será focada em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais que atuam em locais de exposição ao vírus. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) conta com 46 mil doses disponíveis para uso na população.
O esquema de vacinação prevê duas doses para cada pessoa. O Ministério da Saúde destaca que é fundamental garantir o esquema completo de vacinação à população-alvo.
A campanha seguirá recomendações específicas para diferentes casos. Para a vacinação pré-exposição ao vírus, receberão as doses:
- Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses [condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções];
- E profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.
Já no caso da vacinação pós-exposição ao vírus, receberão as doses:
- Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS.
Quem já foi diagnosticado com a monkeypox ou apresentar uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverá receber a dose.