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Eventos extremos como chuvas no RS causaram prejuízos de R$ 105 bi no ano passado

Eventos extremos relacionados às mudanças climáticas, como as chuvas que assolam o Rio Grande do Sul, deixaram — além de mortes, feridos e rastros de destruição Brasil afora — cerca de R$ 105,4 bilhões em prejuízos financeiros em 2023. Os dados são da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Deste valor, R$ 72,6 bilhões dizem respeito ao setor privado; R$ 23,8 bilhões, ao público; e R$ 8,8 milhões foram prejuízos materiais. A agricultura contabilizou a maior parcela das perdas, cerca de R$ 53 bilhões em perdas — mais da metade do total. Confira as cifras de demais áreas:

Agricultura: R$ 53,6 bilhões em prejuízos (50,8%)
Pecuária: R$ 15,3 bilhões (14,5%)
Sistema de transportes: R$ 10,9 bilhões (10,3%)
Abastecimento de água potável: R$ 10,8 bilhões (10,2%)
Obras de Infraestrutura: R$ 3,9 bilhões (3,7%)
Habitação: R$ 3,5 bilhões (3,3%)
Comércios locais: R$ 1,7 bilhão (1,7%)
Indústria: R$ 1,6 bilhão (1,6%)
Segundo o levantamento, R$ 53,7 bilhões foram perdidos como resultado de secas e estiagens, enquanto as perdas por chuvas representaram R$ 51,4 bilhões. Outros tipos de desastres somaram R$ 257 milhões no ano passado.

A Confederação afirma que o governo federal autorizou transferência R$ 1,4 bilhão aos municípios para ações de gestão de riscos e prevenção de desastres no ano passado, porém, pagou R$ 746,9 milhões, correspondendo a 50% do prometido.

Para a CNM, a União e os estados devem estar atentos para o fato de que municípios, especialmente de pequeno e médio porte, não conseguem arcar sozinhos com custos de gestão de risco e prevenção de desastres e, por isso, devem auxiliá-los.

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