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Fusões de partidos terão implicações no Rio Grande do Norte 

  • Política

Partidos políticos do país que não alcançaram a cláusula de barreira nas eleições de 2022, já discutem a fusão ou incorporação para não perderem o direito aos fundos partidário e eleitoral, com reflexos nos Estados. O presidente do Solidariedade no Rio Grande do Norte, deputado estadual Kelps Lima, informou que a Executiva Nacional do partido aprovou, ontem, a incorporação do PROS: “Ainda tem muitos detalhes a serem acertados, em especial as questões regionais”.

No caso do Estado, a TRIBUNA DO NORTE levantou no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o PROS não conta com anotação de diretório regional, embora o partido conte com a senadora Zenaide Maia, cujo mandato vai até 2027.

Como membro da Executiva Nacional, o deputado Kelps Lima disse que tem participado de todas as etapas das negociações do Solidariedade com o PROS, caso da reunião ocorrida por videoconferência, na tarde de ontem, que confirmou a união dos dois partidos, mas que só a partir da próxima semana “as questões regionais começam a ser discutidas, provavelmente só após as eleições presidenciais”.

Mesmo não tendo eleito nenhum deputado federal, o Solidariedade do Rio Grande do Norte teve o melhor desempenho na eleição proporcional do Brasil, pois obteve 169.556 dos votos válidos (9,07%), à frente do Piauí (4,73%), Pernambuco (4,13%), que aparecem em segundo e terceiro lugares e até de São Paulo (1,65%), que ficou em sétimo entre os estados de maior votação do Solidariedade para deputado federal, cargo para o qual Kelps Lima, com 79.025, também foi o mais votado do país.

Pelo fato de se tratar de uma incorporação partidária, ficam preservados o número (77) e o nome do partido Solidariedade, que conta como destaque o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, e quatro vereadores na segunda maior cidade do Estado.

O partido que conta atualmente com três deputados na Assembleia Legislativa, reduziu a bancada a dois deputados depois do pleito do primeiro turno, a reeleita deputada Cristiane Dantas e o novo deputado eleito Luiz Eduardo Bento, ex-prefeito de Maxaranguape.

O PROS elegeu três deputados federais este ano e o Solidariedade quatro deputados, mas os sete deputados ficam abaixo do mínimo de 11 necessário para superar a cláusula de barreira pelas regras atuais.

Para ter direito aos recursos partidários, as siglas precisam de pelo menos 2% dos votos válidos nacionais, e 1% dos válidos em pelo menos nove estados.

Outro parlamentar do Rio Grande do Norte que aguarda uma definição do partido com relação a fusão com outras legendas, é o senador Styvenson Valentim (Podemos), que só vai se pronunciar, conforme avisou por intermédio de sua assessoria, depois da reunião da Executiva Nacional, que ocorrerá na tarde de hoje, em Brasília (DF).

A discussão do Podemos é em torno de uma fusão com a Federação PSDB-Cidadania ou mesmo o MDB, cujo presidente estadual, o deputado federal e vice-governador eleito Walter Alves, deve se reunir esta semana com o presidente nacional da sigla, o deputado federal paulista Baleia Rossi, para discussão dessa pauta.

Caso a negociação avance, o partido que surgir fusão passaria a contar com 72 deputados federais a partir de 2023. Nas eleições deste ano, o MDB elegeu 42 deputados; o PSDB, 13; o Podemos, 12; e o Cidadania, 5.

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