A equipe econômica projeta um aumento significativo nos gastos obrigatórios nos próximos anos, especialmente em áreas como benefícios previdenciários, saúde e educação, o que pode gerar pressão sobre o arcabouço fiscal estabelecido no ano passado. Esse aumento dos gastos obrigatórios está acima do limite imposto pelo arcabouço, o que significa que eles vão consumir uma fatia cada vez maior do orçamento, deixando menos espaço para outras despesas.
Economistas alertam que o governo do presidente Lula terá que fazer escolhas difíceis entre manter o arcabouço fiscal e garantir os gastos mínimos com saúde e educação, que são defendidos por outros setores do governo. Os pisos constitucionais dessas áreas têm regras que os fazem crescer em um ritmo mais acelerado do que o limite estabelecido pelo arcabouço.
Essa situação pode levar a um rompimento do teto de crescimento de gastos permitido pelo arcabouço, conforme os gastos obrigatórios continuam a crescer em um ritmo superior ao permitido. Com isso, o governo terá que buscar alternativas, como cortes em outras despesas obrigatórias ou até mesmo abrir mão do arcabouço fiscal, o que não está nos planos da equipe econômica.