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Governo vai usar recursos de novo empréstimo para recuperar estradas

  • Política

O Governo do RN afirmou, por meio da Secretaria de Comunicação, que irá usar recursos de um novo empréstimo junto ao Banco Mundial para seguir com a recuperação das rodovias estaduais. O empréstimo em negociação será de R$ 900 milhões, “com cerca de 80% a 90% para estradas”, segundo o texto da Secretaria de Comunicação. Reportagem da Tribuna do Norte publicada no último domingo mostrou que os cerca de R$ 427 milhões investidos pelo governo com recursos federais do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) só são suficientes para a reforma de 56,3% das rodovias classificadas como “em estado ruim ou péssimo”.


O diagnóstico sobre as estradas está presente em um relatório interno de monitoramento das rodovias produzido pelo DER a pedido da Controladoria Geral do Estado. Os dados, segundo os termos do documento, são relativos ao mês de abril de 2024. O relatório obtido pela TN mostra que, dos 3.379 km de malha viária estadual, cerca de 1.243 km são classificados como ruins ou péssimos pela equipe técnica do próprio governo, o que corresponde a 37,11% do total das RNs. O relatório aponta ainda que, dos 3,3 mil km da malha viária do RN, 284,4 km estão em condições ótimas, 365 km em estado bom e 1.489 km em situação regular.

A Secretaria de Comunicação informou que o governo não afirmou que os problemas e dificuldades da malha viária potiguar seriam resolvidos com os R$ 427 milhões e que o valor “trata-se apenas da primeira parcela do empréstimo de um total de R$ 1,6 bilhão”. A Assessoria do Governo informou ainda que o montante aplicado em estradas é o maior no RN em 20 anos e que o Estado passou duas décadas sem programa de recuperação da malha viária.

Segundo o Governo , o Executivo já conseguiu aval do Banco Mundial para renovar o empréstimo e está em fase de conclusão do projeto para enviar ao banco, a fim de conseguir os recursos para fazer mais investimentos nas rodovias do Estado.

Ainda de acordo com o Governo, os projetos de estradas do Banco Mundial são de requalificação, com trechos sendo completamente reconstruídos, tendo largura, altura e acostamento ampliados.

“O Estado tem plena consciência dos problemas da malha viária e por isso se debruçou em saídas financeiras para garantir recursos exclusivamente para recuperação. Tanto que fez um esforço considerável para cumprir com os requisitos e voltar a ter crédito junto às instituições financeiras, conseguindo assim os empréstimos necessários”, informou a assessoria.

Há três editais para recuperação de estradas que já foram lançados entre o final de fevereiro e o começo de março deste ano. Uma das licitações já foi finalizada com vencedor homologado e as outras duas estão em trâmite no Governo do Estado. Os 700 km custarão cerca de R$ 427 milhões ao Governo, investimento advindo da assinatura do acordo do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF).

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