O novo aumento da gasolina de 7,5% nas refinarias anunciado pela Petrobras passou a valer nesta quarta-feira (25). Logo pela manhã, já era possível notar a diferença em alguns postos de Natal, principalmente na zona Sul. Em Ponta Negra, o valor da gasolina comum chegou a R$ 5,15, e da aditivada a R$ 5,35, verificando-se um aumento de 1,58% e 1,51%, respectivamente. Antes do reajuste anunciado pela Petrobras, os preços eram R$ 5,07 para a gasolina comum e R$ 5,27 para a aditivada. Em outros postos da zona Norte, o valor não chegou a ter alteração. O menor preço encontrado na capital potiguar foi de R$ 4,80.
O preço da gasolina não está atrelado apenas a Petrobras, afirma o presidente do Sindipostos, Maxwell Flor. De acordo com ele, não é mais possível definir impactos e se basear no aumento ou diminuição do combustível apenas através dos preços anunciados pela estatal. “Esse anuncio da Petrobras deixou de ser o principal balizador que se tinha no mercado como era antigamente”, afirma.
“O proposto é apenas um indicador e deixa de ser determinante, o único fator que vai justificar um reajuste de preço”, completa. De acordo com ele, é necessário levar em consideração outros fornecedores, como as refinarias privadas que costumam praticar preços individuais.
Ao todo, são nove refinarias de controle privado no País, incluindo a de Mataripe, na Bahia. Ainda segundo Maxwell, a variedade faz com que donos de postos tenham mais opções na compra da gasolina, seja ele mais caro ou mais barato. “Hoje, a Petrobras deixou de ser o monopolista do fornecimento de combustível. Além da Petrobras, nós temos as refinarias privadas que fornecem gasolina para as distribuidoras e temos um grande volume de combustível importado”, comenta.
Contudo, comenta que parte dos compradores adquire o produto de outras refinarias pois a estatal não supre a demanda. “Eles dão preferência a Petrobras que geralmente pratica preços mais baratos. O problema é que a Petrobras não dá conta de fornecer para o Brasil todo e aí acabam tendo que compor o preço com produtos que eles compram das refinarias”, relata.