O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou na noite desta segunda-feira (10) pela 11ª vez o inquérito das milícias digitais. A medida atende a um pedido da Polícia Federal (PF), feito na quinta-feira (6), e estende a investigação por mais seis meses.
Pela decisão, o ministro diz que considera “a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes”. O pedido foi feito pelo delegado do setor de inteligência da PF que conduz as investigações.
O processo foi aberto em julho de 2021, por determinação de Moraes, a partir do encerramento de outra apuração, que era chamada de inquérito dos atos antidemocráticos. A décima prorrogação havia ocorrido em março.
O inquérito foi instaurado a partir de indícios e provas da existência de uma organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em núcleos políticos, de produção, publicação e financiamento, com a finalidade de atentar contra a democracia.
A investigação tem como alvo uma série de autoridades e pessoas públicas que, por meio das redes sociais, supostamente se organizavam para atacar as instituições democráticas.
Dentro desse inquérito foram abertas diversas apurações específicas. Entre os procedimentos estão aqueles que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados e apoiadores.
São investigados, por exemplo, os casos da suposta vendas de presentes dados por países estrangeiros, a suposta fraude em cartões de vacina e a suposta tentativa de golpe de Estado.