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MPRN lança campanha em alusão ao Dia Internacional da Internet Segura

  • Justiça

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) aproveita a data simbólica do Dia Internacional da Internet Segura, próxima terça-feira (7), para reforçar a importância da proteção de crianças e adolescentes no meio digital. “Tenha Tempo”. Com esse slogan, a campanha desenvolvida busca estimular os pais a adotarem boas práticas no ambiente virtual de modo a impedir que os filhos se tornem vítimas de crimes virtuais.  A iniciativa também é direcionada às crianças e adolescentes, para que fiquem atentos a pessoas mal intencionadas.

O Dia da Internet Segura é uma iniciativa anual com objetivo de envolver e unir os diferentes atores, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável das tecnologias da informação nas escolas, universidades, ONG’s e na própria rede.

Com esta motivação, o Dia da Internet Segura, criado pela Rede Insafe na Europa, reúne atualmente mais de 200 países para mobilizar usuários e instituições em torno da data e estimular um uso livre e seguro.

As crianças e as mulheres formam o conjunto de maiores vítimas de crimes cibernéticos, conforme dados da SaferNet Brasil, organização especialista em defesa dos Direitos Humanos na Internet no país.  

A iniciativa do MPRN é fruto de uma parceria entre a o Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e Juventude (Caopij), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRN), por intermédio da Coordenadoria de Investigações Especiais (Ciesp), e a Diretoria de Comunicação (Dcom/MPRN). “Escolhemos focar a campanha nas crianças e adolescentes porque são inocentes,  e se tornam alvo fácil dos criminosos. Assim, uma boa orientação e acompanhamento constante dos pais e responsáveis ajudará na prevenção aos crimes cibernéticos”, informou a coordenadora do Caopij, promotora de Justiça Marília Cunha.

“Tenha Tempo” quer apresentar uma série de dicas preventivas para quem é pai, mãe ou responsável por crianças e adolescentes, partindo do princípio que é preciso investir em tempo de qualidade para orientar e monitorá-los durante a utilização de ferramentas na internet.

“Conversar com os filhos é o ponto mais importante. Explicar que ninguém deve ter acesso a fotos ou vídeos de seu corpo e que elas não podem compartilhar imagens de si mesmas pela internet, para assim, poderem relatar quando algo fora do comum acontecer”, pontuou a promotora, ressaltando que proibir o uso não é o caminho.

A campanha também busca orientar crianças e adolescentes quanto aos cuidados que elas devem ter na internet, especialmente nas redes sociais. São dicas como não compartilhar fotos e vídeos pessoais, não fornecer o endereço residencial e da escola onde estuda e cuidar das senhas e dados. 

De acordo com especialistas, a melhor maneira de agir protetivamente é procurar maneiras de saber com quem o filho está conversando e o que ele está fazendo online, tendo acesso às redes sociais, observando o histórico de conversas e pessoas que ele está seguindo.

Explicar que pode existir um adulto mal-intencionado utilizando um perfil fake infantil nas redes; aprender sobre as plataformas e aplicativos de redes sociais que os filhos usam e não permitir que sejam utilizadas redes sociais com classificação etária superior à idade da criança; incentivar o bate-papo online apenas para falar com pessoas conhecidas (amigos, familiares e colegas da escola); criar regras para o uso dos aparelhos eletrônicos que acessam a internet e controles de privacidade ou controle parental nas plataformas e aplicativos são outras dicas relevantes.

Números nos Brasil

Em 16 anos, a SaferNet recebeu e processou 4.441.595 denúncias anônimas, envolvendo 935.496 páginas (URLs) distintas escritas em 10 idiomas e hospedadas em 86.098 domínios diferentes, de 291 diferentes TLDs e conectados à Internet através de 89.473 números IPs distintos (endereço exclusivo que identifica um dispositivo na Internet ou em uma rede local), atribuídos para 108 países em 6 continentes.

Ajudou 35.057 pessoas em 27 unidades da federação brasileira, atendendo a 9.558 crianças e adolescentes, 2.420 pais e educadores, 4.468 jovens e 18.611 outros adultos no canal próprio de ajuda e orientação. As denúncias foram registradas pela população através dos 3 hotlines brasileiros que integram a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.

Aliciamento, produção e difusão em larga escala de imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes, racismo, neonazismo, intolerância religiosa, homofobia, apologia e incitação a crimes contra a vida são os principais crimes registrados pela organização.

Canais de denúncia

As denúncias ao Ministério Público do RN podem ser feitas no Disque 127, diretamente pelo e-mail denuncia@mprn.mp.br ou ainda pelo whatsapp do Gaeco (84) 98863-4585. O serviço funciona de segunda à sexta, das 7h às 19h.

Outras vias possíveis de denúncias: Conselho Tutelar da sua região ou cidade, Disque 100, Polícia Civil (nas delegacias) e no próprio site da SaferNet neste link.

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