Em entrevista a uma rádio local o ex ministro Henrique Alves afirmou que caso venha tentar o 12º mandato no Legislativo Federal, será candidato pelo MDB, “Eu não estou no MDB. Eu sou MDB. Há uma diferença. Ouvi de Ulisses Guimarães: partido não é hospedaria. Partido é a sua casa. Se as pessoas observarem o MDB como uma casa, se olhar o piso, as paredes, o teto e as janelas, verão as marcas das mãos de Henrique Eduardo Alves. E para fazer justiça, as minhas só não, as minhas e de Garibaldi. Como posso sair dessa casa que é minha se eu não estou incomodado? Estou bem acomodado e feliz. É minha vida e minha história. Não há possibilidade de eu sair do MDB, que é minha casa. Eu quero, pelo contrário, é que venham mais pessoas. Henrique e MDB ontem, hoje e sempre”, disse o ex-deputado.
Ainda sobre a pretensa candidatura Henrique declara : “Não sei (se há espaço para ele e Garibaldi na disputa para Câmara). Estou conversando para ouvir, para saber se eu vou ser candidato, se o povo quer que eu seja candidato, se acha que eu ainda posso ajudar depois de tudo que ajudei. Só tenho gratidão. O sujeito com 11 mandatos tem que pedir mais o quê? Tem só que agradecer e muito pelo que o Rio Grande do Norte me deu e fez, deu a chance de construir o que eu construí. O que vier a mais é se o povo entender que eu posso ajudar ainda mais. Não sei o que acontecerá. Mas o RN não perderá nada. Imagine o RN com Henrique e Garibaldi, com a história que têm, pelo que aprenderam nesses anos, como deputados. Se eu ajudar e Garibaldi chegar e eu não chegar, é bom para o RN, que terá um deputado como Garibaldi. Se eu chegar e Garibaldi não chegar, se eu for candidato, estará lá Henrique, que é um cara experiente, que pode ajudar. Nesse caso, é aposta tripla para o estado. Mas vamos esperar se isso vai acontecer.” declara.
Ainda durante a entrevista Henrique respondeu sobre o afastamento com o ex ministro Garibaldi e o deputado federal Walter Alves, afirma nunca diria “uma vírgula” contra a Garibaldi, e quanto a suposta interfência dele nas eleições de 2018, pedindo voto para Benes Leocádio, ele desafiou algum prefeito que prove que ele tenha feito este pedido.
“O deputado Walter perdeu 110 mil votos. Em 2018, a eleição foi em outubro e em maio eu estava saindo da prisão de 328 dias. Fiquei em casa. Naquele pior momento da vida, que força danada esse homem teria para transferir 100 mil votos de um candidato para outro? Não estou falando de 10, 20 mil votos. Transferir 100 mil votos para Benes”, questionou Henrique. O deputado Fábio Faria perdeu 90 mil votos de 2014 para 2018, o deputado Rafael Motta perdeu 91 mil votos, o ex-senador José Agripino ficou na segunda suplência, o senador Garibaldi, na sua reeleição, foi o 4º colocado para senador em Natal. Em não foi uma coisa contra o deputado Walter. Foi uma ventania de mudanças, contra lideranças tradicionais, uma nova política (que é pior do que a que quiseram mudar), atingiu Walter, o deputado Fábio, Rafael, Garibaldi, José Agripino. O deputado João Maia, com a irmã bombando sendo senadora, perdeu 45 mil votos. Então não foi Henrique”, garantiu.
“Eu desafio aparecer um prefeito – não são dois -, um prefeito de 2018, do MDB, que tenha falado comigo, que tenha dito que ia votar em Walter e eu tenha dito a ele (não ele entendido), não vote em Walter e vote em Benes. Quero que apareça um que venha dizer que iria votar em Walter e que tenha dito que eu orientei a votar em Benes. Isso não existiu. Isso não é verdadeiro. A verdade sempre aparece”, disse Henrique.
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