O Conselho Estadual de Educação deve apreciar e votar nesta semana, sem dia ainda definido, o referencial curricular do ensino médio 2022. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Educação, Getúlio Marques. O referencial é o documento que dá as diretrizes, seguindo as bases nacionais, do que devem ser as temáticas de aprendizagem regionais, respeitando a diversidade cultural.
Uma das mudanças no ensino médio será na carga horária que passará das atuais 2.400 horas para 3.000. Estas serão divididas entre 1.800 horas para a formação básica comum a todos os estudantes e as outras 1.200 horas serão destinadas aos itinerários formativos.
Os itinerários são módulos utilizados para estimular a entrada dos alunos nas universidades e na preparação para o mercado de trabalho. Eles devem constar de 800 horas e as 400 horas restantes serão utilizadas para aprofundar o currículo de base comum na formação de cidadãos, segundo informações da Secretaria Estadual de Educação (SEEC).
Após três anos de formação, os alunos podem escolher entre cinco áreas de conhecimento. São elas: formação técnica profissional, linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, disciplinas como geografia, filosofia, sociologia, história, biologia, física e química não serão mais obrigatórios e passam a ser estudadas no novo Ensino Médio a partir das demandas dos alunos.
As disciplinas de matemática, língua portuguesa e inglês deverão ser trabalhadas obrigatoriamente ao longo dos três anos.
Porém, no caso do Rio Grande do Norte todos os alunos estudarão todas as disciplinas nas 1.800 da BNCC e nas 1.200 horas dos itinerários formativos. No itinerário 5, educação técnica e profissional, estas disciplinas também serão trabalhadas nas 400 horas de reforço e tratadas no contexto de cada itinerário.
Segundo o Observatório Nacional do Ensino Médio, o Rio Grande do Norte está entre os nove estados que ainda não homologaram o seu referencial curricular, juntamente com Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins.
A SEEC mantém, a título de preparação, 100 escolas-teste funcionando sob o modelo do novo ensino médio. A proposta é facilitar a adaptação de estudantes, professores e gestores.